AMOSTRA
Secreção cervical ou raspado uretral colhidos com o Kit de coleta Digene. Manter em temperatura ambiente.
 
ATENDIMENTO
Em todas as unidades. Tem restrição de cobertura por convênios.
 
PREPARO DO PACIENTE
Jejum não obrigatório. É recomendável não estar menstruada (não imprescindível). Não usar duchas, cremes ou óvulos vaginais, não realizar exames de toque, colposcopia e ultra-som transvaginal 48 horas antes do exame. Os pacientes do sexo masculino devem permanecer pelo menos uma hora sem urinar antes da coleta da amostra.
 
COLETA
Secreção cervical: Identificar o tubete do Kit Digene com a etiqueta de código de barras do cliente. Remover, com gaze ou algodão, o excesso de muco do orifício externo do colo e da ectocérvice.  Colher secreção cervical introduzindo a escova do Kit de coleta Digene no canal cervical cerca de 1,5 cm, rodando-a cinco vezes no sentido horário.  Remover a escova e introduzí-la no frasco com o líquido conservante. Quebrar a haste da escova e deixá-la dentro do líquido. Tampar o tubo e agitar durante 30 segundos. Manter em temperatura ambiente.
 
Raspado uretral:  Identificar o tubete do Kit Digene com a etiqueta de código de barras do cliente. Usando gaze estéril e pinça, fazer limpeza local, removendo secreções ou muco presentes. Fazer a coleta da amostra com swab ou escova introduzindo cerca de 2 cm na uretra e imprimindo movimentos circulares visando obter a maior quantidade possível de células. Introduzir o swab ou a escova no tubo próprio onde se encontra o meio de transporte. O swab usado na coleta deve ser deixado dentro do tubo com o meio de transporte. Enviar ao laboratório. A amostra deve ser mantida sob refrigeração até a realização do exame.
 
MÉTODO
Hibridização molecular por captura híbrida.
 
VALOR REFERENCIAL
Negativo.
 
INTERPRETAÇÃO
A gonorréia é uma doença sexualmente transmissível comum em várias partes do mundo. Seu agente etiológico, a Neisseria gonorrhoeae é ser um diplococo gram negativo, imóvel, catalase e oxidase positivos. No homem a infecção é geralmente sintomática, na forma de uretrite aguda, podendo evoluir para prostatite, epididimite e abscesso peri-uretral. Na mulher a infecção é assintomática em 80% dos casos, sendo a cervicite mucopurulenta o sintoma mais freqüente. Até 20% das mulheres evoluem para doença inflamatória pélvica crônica com endometrite, salpingite, abscessos tubo-ovarianos e peritonite. Pode ocorrer também a infecção congênita, com a transmissão do gonococo durante o parto, sendo a conjuntiva o local mais afetado. As complicações sistêmicas envolvem as artrites e dermatites e em casos mais raros, meningite osteomielite e endocardite. O diagnóstico, em geral, é feito através do esfregaço direto de secreções corado pelo método de gram ou através do crescimento bacteriano em meio de cultura. A sensibilidade destes métodos em secreção uretral de homens sintomáticos apresenta-se em torno de 95 a 99%, entretanto em secreção endocervical a sensibilidade é  de apenas 40 a 60%. O teste captura híbrida para gonococos tem sensibilidade de 93,0% e especificidade de 98,5%.

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