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Gonorreia: riscos, tratamento e principais sintomas
Publicado em 17/10/2024
A gonorreia é uma infecção sexualmente transmissível (IST) pela bactéria Neisseria gonorrhoeae, também conhecida como gonococo. Ela afeta principalmente as mucosas genitais, mas também pode infectar a garganta, os olhos e o reto.
A gonorreia é uma das ISTs com maior incidência no Brasil: ocorrem cerca de 500 mil novos casos todos os anos, de acordo com dados divulgados pelo Ministério da Saúde. Há uma prevalência de cerca de 1,4% na população de 15 a 49 anos.
Apesar de ser curável e exigir um tratamento simples, a infecção apresenta dificuldade de diagnóstico, é facilmente transmitida e pode causar complicações sérias.
Quais são os principais riscos e sintomas da gonorreia?
A transmissão da gonorreia ocorre principalmente através de relações sexuais desprotegidas (vaginal, anal ou oral) com uma pessoa infectada. Também pode ser transmitida de mãe para filho durante o parto.
Quando a infecção ocorre, os sintomas variam entre homens e mulheres e podem afetar áreas como genitais, garganta e reto. Em muitos casos, especialmente nas mulheres, a infecção pode ser assintomática (sem sintomas evidentes). Entretanto, alguns dos mais comuns são:
Em homens
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Dor ao urinar (disúria), com sensação de ardência ou queimação.
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Secreção amarelada ou esverdeada saindo da uretra, semelhante a pus.
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Dor ou sensibilidade nos testículos (menos comum).
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Inflamação ou inchaço na região da uretra.
Em mulheres
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Corrimento vaginal incomum, com coloração amarelada ou esverdeada.
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Dor ou ardência ao urinar.
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Sangramento entre os períodos menstruais ou após relações sexuais.
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Dor pélvica ou abdominal (quando a infecção atinge o útero ou as trompas).
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Inflamação na vulva ou na área ao redor.
Em uma infecção retal, é possível perceber outros sintomas, como coceira anal, dor retal ou ao evacuar, secreção ou sangramento anal. Já quando afeta a garganta, é possível que ocorram sintomas como dor de garganta persistente, inflamação ou inchaço nas amígdalas e dificuldade para engolir (este último é mais incomum que os outros sintomas).
Se não for tratada corretamente, a infecção pode continuar se espalhando e causar complicações sérias, tais como:
Infertilidade
A gonorreia é uma das principais causas de infertilidade em mulheres. A bactéria pode se espalhar para o útero, trompas de Falópio e ovários, levando à doença inflamatória pélvica (DIP), uma condição que causa inflamação e cicatrizes nos órgãos reprodutivos. A DIP pode bloquear as trompas e impedir a fertilização, resultando em infertilidade.
Nos homens, a infecção pode causar inflamação no epidídimo (estrutura ligada aos testículos) chamada epididimite. Se não tratada, isso pode danificar os testículos e levar à infertilidade.
Aumento do Risco de Gravidez Ectópica
Em mulheres, a inflamação nas trompas de Falópio aumenta o risco de gravidez ectópica (quando o óvulo fecundado se implanta fora do útero, geralmente nas trompas), que é uma condição grave e potencialmente fatal.
Complicações na Gestação e para o Bebê
Mulheres grávidas com gonorreia podem transmitir a infecção para o bebê durante o parto. Isso pode causar infecções oculares graves no recém-nascido, levando até à cegueira, além de infecção pulmonar e outras complicações.
Infecção Disseminada por Gonococo (IDG)
Em alguns casos, a bactéria pode entrar na corrente sanguínea e se espalhar, causando uma condição chamada gonorreia disseminada ou septicemia gonocócica. Isso pode afetar várias partes do corpo, levando a:
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Artrite séptica: infecção nas articulações que causa dor, inchaço e dificuldade de movimento.
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Dermatite: erupções cutâneas dolorosas.
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Endocardite (infecção no revestimento do coração) e meningite (inflamação nas membranas que envolvem o cérebro), embora raras, são complicações graves.
Problemas Urinários Crônicos
Em casos graves e não tratados, a infecção pode causar estreitamento da uretra (em homens e mulheres), resultando em dificuldades para urinar e dor crônica na região pélvica.
Aumento do Risco de Outras ISTs
A presença de gonorreia aumenta a probabilidade de contrair e transmitir o HIV. A inflamação das mucosas facilita a entrada e saída do vírus.
Como ocorrem o diagnóstico e o tratamento da gonorreia?
O diagnóstico e o tratamento da gonorreia envolvem exames específicos e o uso de antibióticos adequados para erradicar a infecção.
O tratamento da gonorreia é simples e feito com antibióticos. O esquema é ajustado conforme as diretrizes médicas para prevenir a resistência bacteriana. A abordagem padrão é a combinação de antibióticos para garantir a eficácia e reduzir a chance de persistência da infecção. Felizmente, a doença é curável.
Um diagnóstico precoce é o maior aliado de um tratamento eficiente. Para isso, o médico realizará exames clínicos, como avaliação dos sintomas relatados e inspeção visual para observar sinais de infecção nas áreas afetadas.
Exames laboratoriais também podem ser solicitados, tais como o Teste de Amplificação de Ácidos Nucleicos (NAAT), exames de urina e cultura bacteriana.
Aqui, no Laboratório Genoma, você ainda pode contar com o Check-up Painel Sexo Seguro, que avalia a presença de diversas ISTs no organismo. Este é um check-up que ajuda a proteger a saúde de qualquer pessoa com vida sexual ativa e inclui exames como:
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HIV Anticorpos
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Hepatite B: Hbs-ag/Antígeno Austrália
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Hepatite C: Anti-HCV
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VDRL
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Painel multiplex para infecções sexualmente transmissíveis
E se você quiser saber mais sobre o Check-up Painel Sexo Seguro ou quaisquer outros exames que realizamos, basta entrar em contato com nossa equipe pelo WhatsApp. Não se esqueça de também nos acompanhar no Instagram, pois sempre o mantemos atualizado com informações relevantes para sua saúde e bem-estar!