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Esteatose hepática: entenda os riscos da gordura no fígado
Publicado em 15/11/2024
A esteatose hepática é uma condição caracterizada pelo acúmulo de gordura nas células do fígado. Em situações normais, é comum haver uma pequena quantidade de gordura no fígado, mas, quando essa quantidade ultrapassa 5 a 10% do peso do órgão, a condição é diagnosticada como esteatose hepática.
A gravidade da condição pode variar, indo desde formas leves e assintomáticas até casos mais avançados, que podem levar a complicações sérias. Dados da Sociedade Brasileira de Hepatologia indicam que cerca de 20% a 30% da população mundial seja portadora da forma não alcoólica dessa condição.
Quais são as causas e sintomas da esteatose hepática?
As principais causas da esteatose hepática podem ser divididas em dois grandes grupos:
Esteatose Hepática Não Alcoólica (EHNA)
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Obesidade: A obesidade é o principal fator de risco para a EHNA. O excesso de gordura no corpo leva ao acúmulo de gordura no fígado. De acordo com dados do Governo Federal, o excesso de peso é atualmente uma das principais causas da Esteatose Hepática Não Alcoólica, sendo responsável por 60% dos casos de gordura no fígado.
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Resistência à insulina: A resistência à insulina, frequentemente associada ao diabetes tipo 2, impede que o corpo utilize a glicose de forma eficiente, levando ao acúmulo de gordura no fígado.
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Dislipidemia: Níveis elevados de triglicerídeos e colesterol ruim no sangue também contribuem para o desenvolvimento da EHNA.
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Hipertensão: A pressão arterial elevada pode danificar o fígado e contribuir para o desenvolvimento da EHNA.
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Fármacos: Alguns medicamentos, como corticosteroides e hormônios, podem causar esteatose hepática.
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Doenças genéticas: Algumas doenças genéticas raras podem predispor ao desenvolvimento da EHNA.
Esteatose Hepática Alcoólica
Consumo excessivo de álcool: O consumo crônico de grandes quantidades de álcool é a principal causa da esteatose hepática alcoólica. O álcool é tóxico para o fígado e interfere no metabolismo das gorduras.
O fígado possui funções importantes no organismo. Ele atua na digestão, através da produção da bile, armazena e produz diversas substâncias importantes para o corpo e filtra substâncias tóxicas e microrganismos prejudiciais.
O acúmulo de gordura pode prejudicar seu bom funcionamento. Entretanto, em muitos casos, a esteatose hepática não apresenta sintomas, e a pessoa pode nem saber que tem a condição até fazer exames de imagem, como ultrassonografia. Mas, quando se manifestam, os sintomas mais comuns são:
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Cansaço: Sentir-se cansado e com falta de energia é um sintoma comum.
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Fraqueza: Fraqueza muscular e dificuldade para realizar atividades físicas.
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Dor abdominal: Dor no lado direito superior do abdômen, onde se localiza o fígado.
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Aumento do fígado: O fígado pode aumentar de tamanho e ser palpável ao exame físico.
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Perda de apetite: Diminuição do apetite e perda de peso involuntária.
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Náuseas e vômitos: Em casos mais avançados.
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Icterícia: A pele e os olhos podem apresentar uma coloração amarelada.
Vale mencionar que esses sintomas podem estar presentes em outras doenças, por isso, é fundamental consultar um médico para um diagnóstico preciso.
Quando não é devidamente tratada, a esteatose hepática pode evoluir e desencadear complicações graves, tais como:
Esteato-Hepatite (NASH)
Na esteato-hepatite não alcoólica (NASH), o fígado não apenas acumula gordura, mas também sofre inflamação e danos às células hepáticas. A NASH é um estágio mais avançado e perigoso, que aumenta o risco de desenvolver outras complicações.
Fibrose Hepática
Com o tempo, a inflamação crônica no fígado pode levar à formação de tecido cicatricial, conhecido como fibrose. A fibrose ocorre quando o fígado tenta se curar, mas, em vez de regenerar tecido saudável, forma-se uma cicatriz que compromete sua função. Dependendo do grau de fibrose, a condição pode ser leve ou evoluir para cirrose.
Cirrose
A cirrose é o estágio mais avançado da fibrose, em que o fígado fica extensamente cicatrizado e sua função é gravemente prejudicada. A cirrose é irreversível e pode levar a sintomas graves, como icterícia (pele e olhos amarelados), acúmulo de líquido no abdômen (ascite), confusão mental e fraqueza. É também um fator de risco para insuficiência hepática e câncer de fígado.
Câncer de Fígado
Pessoas com NASH ou cirrose têm um risco aumentado de desenvolver carcinoma hepatocelular, o tipo mais comum de câncer de fígado. Este câncer é especialmente perigoso porque pode ser agressivo e difícil de tratar, especialmente se descoberto em estágio avançado.
Insuficiência Hepática
Em casos graves, o fígado pode parar de funcionar adequadamente, levando à insuficiência hepática. Isso ocorre quando o fígado já não consegue realizar suas funções essenciais, como desintoxicar o sangue, produzir proteínas e regular nutrientes. A insuficiência hepática pode exigir um transplante de fígado como tratamento definitivo.
Aumento do Risco Cardiovascular
A esteatose hepática está fortemente associada a doenças metabólicas, como obesidade e diabetes tipo 2, e também aumenta o risco de doenças cardiovasculares, como infarto e acidente vascular cerebral (AVC). A inflamação e os desequilíbrios metabólicos promovidos pela esteatose podem piorar o quadro cardiovascular.
Complicações Renais
Nos estágios mais avançados, especialmente na cirrose, podem ocorrer complicações nos rins, como a síndrome hepatorrenal. Essa condição leva a uma insuficiência renal aguda em pacientes com doença hepática grave.
Como são feitos o diagnóstico e tratamento da esteatose hepática?
O diagnóstico da esteatose hepática geralmente é feito com base em exames de imagem, como ultrassonografia, tomografia computadorizada ou ressonância magnética. Em alguns casos, uma biópsia do fígado pode ser necessária para determinar a extensão do acúmulo de gordura e avaliar se houve inflamação ou dano hepático.
Já o tratamento envolve mudanças nos hábitos de vida, pois ainda não há um medicamento específico para a condição. Algumas das medidas adotadas são a perda de peso, prática de exercícios físicos, mudanças na alimentação, e cuidados para controle de doenças associadas. Estas também são as principais formas de prevenir o acúmulo de gordura no fígado.
Realizar check-ups eventuais também é um ótimo jeito de cuidar da saúde do fígado. Aqui, no Laboratório Genoma, contamos com o Check-up do Fígado, que é composto por exames selecionados para te ajudar a avaliar a saúde do órgão. Os exames são:
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Bilirrubina total e frações
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Fosfatase alcalina
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Gama GT
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Hemograma completo
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Proteínas totais e frações
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Transaminase Glutâmico Oxalética (TGO)
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Transaminase Glutâmico Pirúvica (TGP)
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Hepatite B: Hbs-ag/Antígeno Austrália
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Hepatite B: Anti-HBC IgG
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Hepatite C: Anti-HCV
E se você quiser saber mais sobre este check-up ou outros exames que realizamos, basta entrar em contato com nossa equipe pelo WhatsApp. Não se esqueça de também nos acompanhar no Instagram, pois sempre o mantemos atualizado com informações relevantes para sua saúde e bem-estar!