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Atonia Uterina: entenda os cuidados durante o parto e pós-parto
Publicado em 29/11/2024

Recentemente, a atonia uterina ganhou destaque nas manchetes após a influenciadora Viih Tube revelar, em suas redes sociais, que enfrentou essa condição após o nascimento de seu segundo filho. O episódio gerou diversas dúvidas entre o público sobre os riscos, causas e cuidados relacionados ao problema.
A atonia uterina é uma condição médica caracterizada pela incapacidade do útero de contrair-se adequadamente após o parto. Essa ausência de contração pode resultar em uma hemorragia pós-parto, sendo uma das principais causas de mortalidade materna em todo o mundo.
Esta complicação ocorre em 1 a cada 20 nascimentos e é responsável por pelo menos 80% dos casos de hemorragia pós-parto.
Como a atonia uterina ocorre?
Após o nascimento do bebê, o útero normalmente se contrai para ajudar a expulsar a placenta e reduzir o sangramento, comprimindo os vasos sanguíneos que foram rompidos durante o parto. Na atonia uterina, essas contrações não acontecem de forma eficiente, resultando em um fluxo sanguíneo descontrolado.
Embora a causa exata nem sempre seja identificada, alguns fatores podem aumentar o risco, como:
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Distensão uterina excessiva: Gestações múltiplas (gêmeos, trigêmeos), polidrâmnio (excesso de líquido amniótico) e bebês grandes podem esticar o útero, dificultando sua contração.
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Uso de medicamentos: Alguns medicamentos, como anestésicos e relaxantes musculares, podem interferir na capacidade do útero de se contrair.
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Trabalho de parto prolongado: Um trabalho de parto muito longo pode deixar o útero cansado e menos capaz de se contrair.
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Infecções: Infecções uterinas podem prejudicar a capacidade do músculo uterino de se contrair.
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Traumas: Traumas durante o parto, como lacerações ou rupturas uterinas, podem contribuir para a atonia.
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Doenças: Diabetes, hipertensão e doenças placentárias também podem estar associados à atonia uterina.
Quando ocorre, o sangramento vaginal excessivo logo após o parto é seu principal sintoma. Também é possível perceber o útero flácido ou quente ao toque. Em casos mais graves há ainda queda de pressão arterial e sinais de choque.
Como são os cuidados durante e após o parto?
Os cuidados para evitar a atonia uterina durante e após o parto envolvem medidas preventivas que podem ser adotadas tanto pela equipe médica quanto pela gestante. Essas ações são fundamentais para reduzir os fatores de risco e garantir um parto mais seguro.
Durante o parto, o primeiro passo é contar com uma equipe qualificada, composta por profissionais como obstetras e enfermeiros obstétricos, que possam monitorar as contrações uterinas e o progresso do trabalho de parto.
Outras medidas importantes incluem:
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Realizar intervenções para acelerar o parto, quando necessário, como o uso de ocitocina em doses controladas.
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Limitar o uso de anestésicos ou medicamentos que possam comprometer as contrações uterinas.
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Adotar estratégias para prevenir a sobredistensão uterina, especialmente em casos de gravidez gemelar, polidrâmnio ou bebês de grande peso.
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Identificar e tratar precocemente possíveis infecções uterinas, como a corioamnionite.
Após o parto, os cuidados imediatos incluem:
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Uso adequado de medicamentos uterotônicos para estimular as contrações.
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Realização de massagem uterina para evitar a flacidez do útero.
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Garantir a expulsão completa da placenta, evitando a retenção de fragmentos que possam impedir o útero de contrair-se.
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Monitoramento contínuo para identificar e tratar precocemente sinais de hemorragia.
No período pós-parto, mantém-se a observação rigorosa para detectar sinais de alerta, como sangramentos anormais. Além disso, é essencial:
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Manter uma alimentação balanceada e hidratação adequada para apoiar a recuperação uterina.
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Controlar fatores de risco, especialmente em mulheres com histórico de atonia uterina.
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Oferecer apoio emocional e psicológico, reconhecendo que o bem-estar mental tem um papel importante na recuperação física.
Essas práticas, somadas ao acompanhamento pré-natal de qualidade, são cruciais para prevenir complicações e promover uma recuperação segura e saudável.
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