Publicado em 31/01/2025

Entenda o que é sepse

A sepse, popularmente conhecida como infecção generalizada, é uma condição médica grave que ocorre quando o corpo responde de forma descontrolada a uma infecção, resultando em inflamação generalizada e potencialmente em falência de órgãos. Ela é uma emergência médica que pode levar à morte se não for tratada rapidamente.

É a principal causadora de mortes dentro das unidades de tratamento intensivo (UTIs), sendo responsável pelo falecimento de 11 milhões de pessoas a cada ano, muitas delas crianças e idosos, e por incapacitar outros milhões.

Como a sepse ocorre e quais são seus principais sintomas?

Quando uma infecção ocorre, o sistema imunológico libera substâncias químicas para combatê-la. Entretanto, essa resposta pode sair de controle e causar inflamação em todo o corpo, levando à disfunção de múltiplos órgãos, como rins, coração e pulmões, e, em casos graves, ao choque séptico, que envolve queda perigosa da pressão arterial.

A sepse pode começar com uma infecção em qualquer parte do corpo, como pulmões (pneumonia), trato urinário, pele, ou abdômen, e se espalhar progressivamente, em um tipo de reação em cascata.

Quando a sepse ocorre, pode manifestar sintomas como:

  • Febre alta ou temperatura corporal muito baixa.

  • Batimentos cardíacos acelerados (taquicardia).

  • Respiração rápida.

  • Confusão ou desorientação.

  • Pressão arterial baixa.

  • Pele pálida, fria ou manchada.

A queda no número de plaquetas e aumento na contagem de leucócitos (glóbulos brancos) também podem ser um sinal dessa condição.

Quais são os tipos de sepse?

A sepse pode ser classificada em diferentes tipos com base na gravidade e na forma como ela se manifesta. As principais classificações são:

Sepse Simples (ou inicial)

Refere-se ao estágio inicial da resposta inflamatória sistêmica causada por uma infecção. Neste nível, os órgãos ainda não apresentam falência evidente, mas o diagnóstico e o tratamento são essenciais para evitar a progressão. Pode manifestar sintomas como febre, calafrios, aumento da frequência cardíaca e respiratória e sensação de mal-estar.

Sepse Grave

Ocorre quando a sepse leva à disfunção de órgãos devido à resposta inflamatória descontrolada. Há uma alta probabilidade de falência de múltiplos órgãos se não tratada rapidamente. Pode apresentar sintomas como redução da quantidade de urina, alteração do nível de consciência (confusão ou sonolência), dificuldade respiratória e alterações na coagulação do sangue.

Choque Séptico

Forma mais grave da sepse, caracterizada por queda persistente da pressão arterial, que não responde adequadamente à reposição de fluidos. Apresenta uma alta taxa de mortalidade e necessidade de suporte intensivo, como medicamentos vasopressores (para aumentar a pressão arterial). Pode apresentar sintomas como pele fria, pálida ou manchada, dificuldade para respirar e pulso fraco.

Sepse Neonatal

Afeta recém-nascidos, especialmente os prematuros, devido à imaturidade do sistema imunológico. Pode ser classificada como precoce, quando ocorre nos primeiros 7 dias de vida, geralmente associada à transmissão da infecção durante o parto, ou tardia, quando ocorre após o 7º dia, frequentemente relacionada ao ambiente hospitalar. Manifesta sintomas como febre ou temperatura baixa, letargia, dificuldade para se alimentar e respiração rápida.

Existem ainda as sepses de origens específicas, que são as que levam o nome da infecção original, tais como:

  • Pneumonia séptica: Infecção pulmonar.

  • Sepse urinária: Infecção no trato urinário.

  • Sepse abdominal: Infecções, como apendicite ou peritonite.

  • Sepse cutânea: Infecções de pele ou feridas.

A sepse pode atingir qualquer pessoa, independentemente de idade ou estado de saúde, mas alguns grupos possuem um risco maior de desenvolver a condição. Os principais grupos de risco são:

  • Idosos (acima de 65 anos);

  • Recém-nascidos e crianças pequenas;

  • Pessoas com doenças crônicas;

  • Pacientes com sistema imunológico enfraquecido;

  • Pacientes hospitalizados;

  • Pessoas com feridas ou traumas graves;

  • Usuários de medicamentos imunossupressores.

As principais medidas preventivas para se evitar o desenvolvimento da sepse envolvem tratar infecções precocemente, manter a vacinação em dia, cuidar de feridas corretamente para evitar infecções e praticar boa higiene, como lavar as mãos frequentemente.

O diagnóstico de sepse é feito com base em uma combinação de sinais clínicos, histórico médico e exames laboratoriais. A identificação precoce é crucial, pois a sepse pode evoluir rapidamente para um quadro grave ou choque séptico. Alguns exames que podem ser solicitados pelo médico são:

  • Hemograma completo: Avalia a contagem de glóbulos brancos (leucocitose ou leucopenia).

  • Ácido lático: Pode indicar uma má oxigenação de células e tecidos do corpo

  • Procalcitonina: Indicador de infecção bacteriana grave.

  • Cultura de sangue, urina ou outros fluidos corporais: Identifica o agente infeccioso (bactéria, vírus ou fungo).

  • Função renal e hepática: Detecta disfunção de órgãos.

  • Gases arteriais: Avalia o oxigênio e o equilíbrio ácido-base no sangue.

Uma vez que o diagnóstico ocorre, o paciente entra no protocolo de sepse, com uso de medicamentos e medidas que diminuam o avanço da condição. Outros medicamentos que atuam para o bom funcionamento do organismo também são administrados, como os que controlam a pressão sanguínea e os níveis de açúcar no sangue. O tratamento da sepse é uma emergência médica e deve ser iniciado imediatamente após o diagnóstico ou suspeita.

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