Publicado em 16/12/2022

Qual é a diferença entre hipotireoidismo e hipertireoidismo?

A tireoide é uma glândula em formato de borboleta localizada na parte inferior da garganta responsável por produzir os hormônios tireoidianos, chamados de T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina). Esses hormônios atuam em diversas funções do organismo, incluindo a regulação do humor, peso, frequência cardíaca, trânsito intestinal e muito mais.

Quando a função da tireoide é exercida de forma anormal, podemos ter dois tipos de distúrbios: o hipertireoidismo, caracterizado por um excesso na produção dos hormônios T3 e T4, ou o hipotireoidismo, que ocorre pela produção insuficiente desses hormônios.

De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 15% da população brasileira sofre com problemas na tireoide. O hipotireoidismo é a doença mais comum relacionada a essa glândula e atinge mais mulheres do que homens.

Quais os principais sinais e sintomas do hipertireoidismo e do hipotireoidismo?

O desequilíbrio na produção de hormônios da tireoide pode gerar uma série de consequências que funcionam como indicativos desses distúrbios.

No hipotireoidismo, em que há queda da produção, há diminuição das atividades cerebrais e batimentos cardíacos. Com isso, os principais sinais e sintomas são:

  • Depressão;

  • Intestino preso;

  • Menstruação irregular;

  • Falhas de memória;

  • Cansaço excessivo;

  • Dores musculares;

  • Pele seca;

  • Queda de cabelo;

  • Ganho de peso;

  • Aumento de colesterol no sangue.

Já em casos de hipertireoidismo, a superprodução de hormônios causa uma hiperativação do organismo e pode ser responsável por sinais e sintomas como:

  • Aumento da pressão arterial e frequência cardíaca;

  • Arritmia;

  • Sensação de calor e sudorese;

  • Tremores nas mãos;

  • Insônia;

  • Cansaço e fraqueza;

  • Ansiedade;

  • Alterações na menstruação;

  • Perda de peso, apesar de haver aumento de apetite;

  • Evacuações constantes e diarreias ocasionais.

Vale mencionar que existem inúmeras possíveis causas para ambos os distúrbios. O hipotireoidismo, por exemplo, pode estar associado à Tireoidite de Hashimoto, uma doença autoimune que provoca a redução gradativa da tireoide; ou até mesmo a um desequilíbrio de iodo na alimentação, seja falta ou excesso.

Já as principais causas do hipertireoidismo são a Doença de Graves, que se caracteriza pela presença de um anticorpo no sangue que estimula a produção excessiva dos hormônios tireoidianos; a presença de bócio com nódulos que produzem os hormônios; tireoidite (inflamação da tireoide); ou até mesmo um nódulo tóxico da tireoide (tumor benigno ou adenoma na região).

O tratamento varia de acordo com a causa, por isso é indispensável procurar orientação médica e jamais realizar autodiagnóstico ou automedicação. Em grande parte dos casos, não há cura, mas é possível controlar o desequilíbrio.

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