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Exame VDRL: como é feito e qual doença identifica?
Publicado em 23/02/2023
O exame Venereal Disease Research Laboratory (VDRL), também chamado de Sorologia para Lues, tem como objetivo diagnosticar e monitorar a sífilis, uma infecção sexualmente transmissível (IST).
Pode ser realizado a partir de uma coleta de sangue, líquido ocular ou líquor. A amostra é analisada em laboratório para identificar a presença e concentração de anticorpos específicos (IgM), que podem confirmar a infecção e sua gravidade.
O VDRL é especialmente indicado para mulheres que desejam engravidar, e deve ainda ser repetido em cada trimestre da gestação, para que os cuidados necessários para preservar a saúde da mãe e bebê sejam tomados.
O exame VDRL não deve ser feito sozinho
Apesar de ser muito importante, o VDRL precisa ser realizado em conjunto com outros exames. Isso ocorre porque ele pode apresentar o que chamamos de resultado falso positivo em 1 a 2% da população.
Essa possibilidade é maior em pacientes com mais de 70 anos, usuários de drogas injetáveis e/ou pessoas afetadas por outras doenças, como lúpus, distúrbios hepáticos, mononucleose, hanseníase, catapora, artrite reumatoide, etc.
Normalmente, o exame mais indicado para confirmar o diagnóstico de sífilis, realizado em conjunto com o VDRL, é o FTA-ABS (ou TPHA). Este exame também parte da coleta de sangue e analisa um outro anticorpo (IgG) para confirmar que o organismo teve contato com a bactéria Treponema pallidum, causadora da sífilis.
Uma importante diferença entre os dois exames é que o VDRL está relacionado à fase aguda da doença, enquanto o FTA-ABS está mais ligado à cronicidade.
Isso significa que mesmo após a cura, o FTA-ABS continuará apresentando resultado positivo para a sífilis, pois o anticorpo que ele analisa possui produção permanente depois da infecção. O anticorpo analisado pelo VDRL, por outro lado, diminui sua presença durante o tratamento e encerra sua produção após a cura.
É por isso que o VDRL é utilizado para monitorar o sucesso do tratamento e confirmar que a cura realmente ocorreu.
Sífilis
A sífilis é uma IST que começa como uma ferida indolor. Essa infecção se desenvolve em estágios e os sintomas evoluem de acordo com cada etapa. Os sintomas mais comuns são:
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Primeiro estágio (3 a 90 dias após a exposição): surgimento de ferida indolor no reto, região genital ou boca;
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Segundo estágio (4 a 10 semanas após a infecção inicial): erupções cutâneas por todo o corpo;
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Terceiro estágio (3 a 15 anos após a infecção inicial): danos no cérebro, nervos, olhos ou coração.
Apesar de ser potencialmente grave, a sífilis é curável. O tratamento consiste no uso de antibióticos. Seu maior desafio é o diagnóstico, já que pode ser confundida com outras doenças e menosprezada pelo paciente. É por isso que, ao perceber qualquer sinal ou sintoma, um médico deve ser procurado imediatamente.
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