Publicado em 24/11/2023

Diabetes Gestacional: riscos, diagnóstico e tratamento!

Diabetes é uma doença crônica em que o corpo não produz ou não consegue absorver adequadamente a insulina. Diversos fatores podem desencadear essa condição, e um deles é o aumento da resistência insulínica causada pelos hormônios gestacionais, levando ao que chamamos de diabetes gestacional.

O que é diabetes gestacional e como ela se diferencia da forma tradicional da doença?

Diabetes mellitus gestacional (DMG) se define pela presença de hiperglicemia detectada pela primeira vez no período da gravidez, em níveis que não alcançam os critérios para o diagnóstico da doença em sua forma tradicional, a diabetes mellitus (DM). Ou seja, casos de diabetes gestacional só ocorrem em mulheres sem histórico prévio da doença.

Isso acontece porque a gravidez é caracterizada por um aumento na resistência à insulina, causado principalmente pela produção hormonal da placenta, que libera enzimas que degradam a insulina, além de grandes alterações no controle da glicemia por causa do consumo de glicose do embrião e feto.

Entre os objetivos do tratamento de diabetes gestacional, 3 merecem um destaque especial e também são válidas para pacientes previamente diabéticas que estão passando pela gravidez:

  • Diminuir a possibilidade dos bebês nascerem com um tamanho considerado fora dos padrões normais ou saudáveis;

  • Evitar uma queda brusca nas taxas de açúcar no sangue do bebê após o nascimento;

  • Tornar possível a realização de partos normais.

Os riscos também incluem a possibilidade de parto prematuro e icterícia (pele amarela causada pelo acúmulo de bilirrubina no sangue). O excesso de hormônio também atrapalha a absorção de cálcio, potássio e magnésio, o que traz consequências ao organismo.

Sede constante, vontade frequente de urinar e cansaço podem ser sinais de diabetes gestacional, mas em grande parte dos casos a doença não manifesta sintomas - por isso alguns exames costumam ser realizados ainda no período de triagem pré-natal.

O exame de Curva Glicêmica - Diabetes Gestacional é um dos principais recursos para detecção da doença. Este exame analisa a concentração de glicose no sangue e, para realizá-lo, é preciso seguir um preparo que consiste em um jejum de oito horas. No laboratório, algumas amostras de sangue são colhidas. A primeira ocorre logo no início do exame, com o organismo ainda em jejum, para medir os níveis de glicose no sangue basal.

Após a coleta da primeira amostra, um líquido doce é oferecido à gestante, contendo uma quantidade de glicose que pode variar entre 50g, 75g e 100g, de acordo com a variação deste exame que está sendo realizada. Outras amostras de sangue são colhidas após o consumo do líquido: uma em 60 minutos, outra em 120 minutos. Ao realizar o exame com 100g de glicose, uma última amostra de sangue é colhida 180 minutos após a ingestão do líquido.

Ao analisar as amostras sanguíneas, é possível verificar os níveis de glicemia no organismo, que é expresso em miligramas por decilitro (mg/dl) e possui o valor de 140 mg⁄dl como referência. Isso significa que, se o exame apontar que a taxa de glicemia está acima de 140 mg⁄dl, o médico deve ser informado o mais rápido possível, pois existem indícios de diabetes gestacional.

Recomenda-se que este exame seja realizado entre a 24ª e 28ª semana de gestação. É contraindicado para pacientes que tenham apresentado altos níveis de glicemia no exame de Glicemia de Jejum - um outro importante recurso na detecção da diabetes, em todas as suas formas, e que deve ser realizado no primeiro trimestre de gestação - pois seu processo envolve o consumo de doses concentradas de glicose.

É importante mencionar que os principais fatores de risco para desenvolvimento de diabetes gestacional são:

  • Idade mais avançada;

  • Sobrepeso ou obesidade;

  • Pressão alta;

  • Alto índice de triglicérides;

  • Colesterol alto;

  • Presença da diabetes em histórico familiar.

Entre outros.

Do diagnóstico ao tratamento, é importante contar com orientação médica, pois há uma infinidade de singularidades em casos de diabetes gestacional. Em algumas gestantes, o próprio corpo lida com as mudanças na relação com a insulina. Em outras, uma dieta é necessária para evitar que a doença se desenvolva e torne-se permanente. Existem ainda casos em que a abordagem é totalmente diferente, como em mulheres que passaram por uma cirurgia bariátrica, por exemplo.

Ao confirmar o diagnóstico, o médico responsável pelo caso oferece as orientações de tratamentos específicas para cada caso. As estratégias para controle da condição podem incluir modificações nos hábitos alimentares, prática regular de atividades físicas, monitoramento diário da glicemia, insulinoterapia subcutânea e o uso de medicamentos.

Felizmente, a diabetes gestacional costuma desaparecer após o parto em grande parte dos casos, desde que a gestante mantenha a rotina de cuidados recomendada pelo médico.

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