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Entenda os riscos das inflamações pelo corpo!
Publicado em 05/01/2024
Inflamações são uma resposta do sistema imunológico a irritações, infecções ou lesões no tecido. É um processo complexo, que envolve uma série de reações bioquímicas e celulares destinadas a proteger o organismo e facilitar a sua recuperação.
A dilatação dos vasos sanguíneos, assim como o aumento do fluxo sanguíneo e de outros fluidos corporais, fazem parte desse processo. Essa etapa é responsável por desencadear vermelhidão, dor, inchaço e outros sintomas.
Apesar de ser um processo natural, as inflamações podem ser um indicativo de que seu corpo está sob riscos. Entenda melhor ao longo deste texto!
Quais são as causas de inflamação?
Quando ocorre algum dano aos tecidos, seja por lesão física, infecção por micro-organismos patogênicos (como bactérias, vírus ou fungos) ou irritação química, as células do sistema imunológico são ativadas.
Essas células liberam substâncias químicas, como histamina, prostaglandinas e citocinas, que têm o objetivo de aumentar o fluxo sanguíneo para a área afetada, aumentar a permeabilidade dos vasos sanguíneos e atrair células do sistema imunológico para combater a infecção ou reparar o tecido danificado.
Esse processo causa uma série de reações no organismo, principalmente relacionadas às mudanças no fluxo sanguíneo, acúmulo de células do sistema imunológico e aumento da permeabilidade vascular na área inflamada. Calor, vermelhidão, inchaço, dor e perda de função são os principais sinais clínicos de inflamação.
Quais são os riscos das inflamações?
Apesar de ser um processo fundamental para a defesa do organismo, a inflamação pode se tornar prejudicial se persistir por muito tempo ou se não for controlada adequadamente.
A inflamação crônica - estado prolongado e persistente de resposta inflamatória no organismo - pode levar ao surgimento de lesões no tecido e gerar diversos distúrbios não infecciosos. Alguns dos quadros relacionados à inflamação crônica são:
- Doenças autoimunes: Em condições como artrite reumatoide, lúpus e doença inflamatória intestinal, o sistema imunológico ataca erroneamente os próprios tecidos do corpo, desencadeando uma resposta inflamatória crônica.
- Obesidade: A obesidade é frequentemente associada à inflamação crônica de baixo grau. As células adiposas liberam substâncias químicas inflamatórias, contribuindo para um estado inflamatório prolongado, que pode estar envolvido no desenvolvimento de várias doenças relacionadas à obesidade, como diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares.
- Doenças cardiovasculares: A inflamação crônica pode desempenhar um papel no desenvolvimento de doenças cardiovasculares, como aterosclerose. A inflamação nas paredes das artérias pode contribuir para a formação de placas ateroscleróticas.
- Doenças neurodegenerativas: Em condições como a doença de Alzheimer e a doença de Parkinson, há evidências de que a inflamação crônica no sistema nervoso pode desempenhar um papel no processo degenerativo.
- Câncer: A inflamação crônica pode estar envolvida na progressão de alguns tipos de câncer. A inflamação persistente pode criar um ambiente propício para o crescimento tumoral.
Além disso, vale lembrar que a inflamação aguda (de ação rápida), é um sinal clínico de que o organismo está enfrentando algum tipo de distúrbio que pode evoluir e se tornar um quadro mais grave se não for tratado adequadamente.
Portanto, tanto as inflamações crônicas quanto as agudas devem ser avaliadas por um médico assim que notadas.
Quais exames auxiliam a identificar inflamações?
Existem diversos exames laboratoriais e de imagem que podem auxiliar na identificação de processos inflamatórios no organismo. O conjunto de exames a serem realizados pode variar dependendo da suspeita clínica e do órgão ou sistema afetado. Entre os exames laboratoriais, os principais são:
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Hemograma completo: Pode mostrar alterações nos leucócitos (glóbulos brancos), como leucocitose (aumento do número de leucócitos), que muitas vezes está presente em processos inflamatórios.
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Proteína C Reativa (PCR): A PCR é uma proteína produzida pelo fígado em resposta à inflamação. Os níveis elevados podem indicar inflamação no corpo.
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Velocidade de Hemossedimentação (VHS): O exame VHS mede a rapidez com que os glóbulos vermelhos se depositam no fundo de um tubo de ensaio. Valores elevados podem indicar inflamação.
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Insulina em Jejum: A resistência à insulina leva o corpo a um processo de produção adicional do hormônio, o que pode desencadear processos inflamatórios. Além disso, a diabetes está diretamente relacionada à inflamação crônica.
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Ferritina: A ferritina é uma proteína das células sanguíneas que armazena ferro. Em baixa quantidade, pode indicar um quadro de anemia. Já em alta concentração, pode ser um indicativo de inflamação, doença hepática, infecção crônica, distúrbios autoimunes e alguns tipos de câncer.
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Exame de urina: A presença de leucócitos na urina pode indicar uma inflamação nos rins ou trato urinário. Grande parte das vezes, está associada a infecção urinária, mas também pode ser desencadeada por traumas, uso de substâncias irritantes ou qualquer outro quadro não causado por um agente infeccioso.
O tratamento varia de acordo com cada caso e suas individualidades. Já a prevenção se dá pela adoção de hábitos saudáveis, incluindo boa alimentação, prática de exercícios físicos, controle do estresse, vacinação e visitas ao médico.
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