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Julho Amarelo: saiba como prevenir as hepatites virais
Publicado em 05/07/2024
Julho foi definido como o mês de uma campanha muito relevante, chamada de Julho Amarelo, que tem como objetivo difundir informações acerca das hepatites virais, principalmente sobre a importância do diagnóstico precoce, prevenção e opções de tratamento.
As hepatites virais são um grupo de doenças que causam inflamação no fígado, provocadas por diferentes vírus. Cada tipo de vírus da hepatite tem suas próprias características, formas de transmissão e gravidade. No Brasil, as hepatites mais comuns são as causadas pelos vírus A, B e C.
Para se ter uma ideia, de acordo com o Ministério da Saúde, de 2000 a 2021, foram notificados 718.651 casos confirmados de hepatites virais no Brasil. Destes, 168.175 (23,4%) são referentes aos casos de hepatite A, 264.640 (36,8%) aos de hepatite B, 279.872 (38,9%) aos de hepatite C e 4.259 (0,6%) aos de hepatite D.
Quais as diferenças entre as hepatites virais?
As hepatites virais são inflamações do fígado, mas suas causas e demais características se diferem de acordo com o vírus causador. Os principais tipos são:
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Hepatite A (HAV): transmitida pelo contato com fezes contaminadas, geralmente através da água ou alimentos mal higienizados. Costuma ser aguda, com sintomas como náuseas, vômitos, icterícia (pele e olhos amarelados) e urina escura.
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Hepatite B (HBV): transmitida por contato com sangue ou secreções corporais contaminadas, como através de relações sexuais sem proteção, compartilhamento de agulhas e objetos perfurocortantes, ou da mãe para o filho durante a gravidez ou parto. Pode ser aguda ou crônica.
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Hepatite C (HCV): também transmitida por contato com sangue contaminado, principalmente através do compartilhamento de agulhas e objetos perfurocortantes. Geralmente se torna crônica.
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Hepatite D (HDV): só ocorre em pessoas já infectadas com o vírus da hepatite B. Aumenta o risco de complicações graves.
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Hepatite E (HEV): transmitida pelo consumo de água ou alimentos contaminados com fezes contaminadas. Mais comum em regiões com saneamento básico precário. Geralmente é aguda.
Existem também outros tipos de hepatites virais, como as causadas pelos vírus TTV, G e SEV-V. Entretanto, são formas raras de infecção, especialmente no Brasil.
As hepatites podem ser assintomáticas, especialmente no início da infecção, o que torna o processo de diagnóstico precoce mais difícil e reforça a importância da prevenção.
Entretanto, quando manifestam sintomas, os mais comuns são:
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Hepatite A: geralmente se manifesta com sintomas como náuseas, vômitos, dor abdominal, icterícia (pele e olhos amarelados) e urina escura.
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Hepatite B: A hepatite B aguda pode ser assintomática ou apresentar sintomas semelhantes à hepatite A. A hepatite B crônica pode não apresentar sintomas por muitos anos, mas pode levar a complicações graves como cirrose e câncer de fígado.
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Hepatite C: geralmente é assintomática na fase aguda, mas na maioria dos casos se torna crônica. A hepatite C crônica pode não apresentar sintomas por muitos anos, mas pode levar a complicações graves como cirrose e câncer de fígado.
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Hepatite D: é uma variação da hepatite B, portanto os sintomas são similares.
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Hepatite E: manifesta sintomas semelhantes à hepatite A. No entanto, pode ser mais grave em mulheres grávidas.
Vale mencionar que alguns sintomas são especialmente característicos de determinados tipos de hepatites. Alguns exemplos são:
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Icterícia: a icterícia (pele e olhos amarelados) é mais comum na hepatite A e B do que na hepatite C.
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Fadiga: a fadiga é um sintoma comum da hepatite C, mas pode ser menos comum na hepatite A e B.
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Dor abdominal: a dor abdominal é um sintoma comum da hepatite A e B, mas pode ser menos comum na hepatite C.
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Urina escura: a urina escura é um sintoma comum da hepatite A e B, mas pode ser menos comum na hepatite C.
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Fezes claras: as fezes claras são um sintoma comum da hepatite A e B, mas podem ser menos comuns na hepatite C.
Entretanto, apenas um médico pode oferecer um diagnóstico preciso e orientações corretas sobre as infecções.
Como prevenir as hepatites virais?
Prevenir as hepatites virais é uma questão de saúde pública, por isso é o tema central da campanha Julho Amarelo, que mencionamos anteriormente. A seguir, confira algumas das principais medidas para evitar a infecção.
Vacinação
A vacina contra a hepatite A é disponibilizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para crianças e grupos de risco. Ela é altamente eficaz na prevenção da doença. A vacina contra a hepatite B também está disponível no SUS para crianças, adolescentes, adultos e grupos de risco.
Uso de preservativos
O uso de preservativo em qualquer tipo de relação sexual é essencial para prevenir as hepatites virais B e C, que podem ser transmitidas por contato sexual.
Evitar o compartilhamento de objetos perfurocortantes
Nunca compartilhe agulhas, seringas e outros objetos perfurocortantes, pois podem estar contaminados com sangue ou outros fluidos corporais e transmitir hepatites virais B, C e D, além de outros tipos de doenças.
Ao optar por serviços de depilação, piercings, barba e tatuagens, certifique-se de que o profissional utilize materiais descartáveis ou esterilizados para esses
procedimentos, evitando o compartilhamento e o risco de contaminação.
Higiene pessoal e hábitos alimentares
Lave as mãos com água e sabão por pelo menos 20 segundos, especialmente antes de comer, após usar o banheiro e após trocar fraldas. Consuma apenas água potável ou água mineral engarrafada. Evite beber água de fontes não confiáveis.
Lave cuidadosamente frutas, legumes e verduras antes de consumi-los. Cozinhe bem carnes, aves e frutos do mar para eliminar o risco de contaminação por vírus. Evite o consumo de carne crua ou mal cozida, especialmente carnes de porco e mariscos.
Como ocorre o diagnóstico e o tratamento das hepatites virais?
Para realizar um diagnóstico preciso, o médico responsável pelo caso fará uma investigação a partir de análise do histórico médico, anamnese e exames clínicos e laboratoriais.
Entre os exames laboratoriais, existem diversas metodologias que podem auxiliar no diagnóstico, e a recomendação depende do caso. Alguns são mais indicados quando suspeita-se que a infecção está em estágio inicial, outros quando está mais avançada, e há ainda opções que auxiliam a identificar se ela está em fase aguda ou crônica. Por isso, é indispensável seguir as orientações do seu médico corretamente.
O tratamento, por sua vez, depende do tipo de infecção. Em casos de Hepatite A ou E, normalmente recomenda-se apenas medidas para aliviar os sintomas, já que o próprio sistema imunológico costuma conseguir lidar com o vírus. Nas infecções por tipos B, C e D, antivirais podem ser receitados para controlar a replicação viral e prevenir danos ao fígado.
Em casos, quando complicações graves ocorrem, um transplante de fígado ou outras intervenções cirúrgicas podem ser necessárias.
Repouso e hidratação são indispensáveis em qualquer tipo de hepatite viral.
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