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Conheça os riscos da dengue durante a gestação
Publicado em 12/07/2024
A dengue é uma infecção febril aguda transmitida pela fêmea do mosquito Aedes aegypti que possui 4 sorotipos conhecidos.
Na maior parte dos casos, as pessoas infectadas se recuperam. Entretanto, uma parte pode progredir para formas graves e inclusive virem a óbito. As gestantes fazem parte do grupo de risco e têm maiores chances de desenvolver complicações relacionadas à doença.
Isso ocorre porque, durante a gravidez, a mulher passa por uma série de alterações imunológicas e se torna mais suscetível a ações de infecções. Durante o período de gestação, também há um aumento do volume sanguíneo, o que pode facilitar a replicação do vírus da dengue e levar a um quadro mais grave da doença.
Quais são as principais complicações que gestantes podem sofrer por causa da dengue?
As complicações relacionadas à dengue em gestantes podem afetar mãe e/ou bebê. Para a mãe, os principais riscos são:
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Dengue hemorrágica (DH): É a forma mais grave da doença, caracterizada por sangramentos, queda da pressão arterial e choque. A DH pode levar à morte da gestante se não for tratada a tempo.
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Síndrome de Guillain-Barré: Uma doença neurológica que pode causar fraqueza muscular e paralisia. Essa condição geralmente é reversível, mas pode levar a complicações graves, como insuficiência respiratória.
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Outras complicações: Pneumonia, miocardite (inflamação do músculo cardíaco), alterações na pressão arterial, insuficiência renal e hepática.
Já para o bebê, os principais riscos são:
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Malformações congênitas: A infecção por dengue no primeiro trimestre da gestação pode aumentar o risco de malformações congênitas no bebê.
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Parto prematuro: A dengue pode aumentar o risco de parto prematuro, o que pode levar a problemas de saúde no bebê, como baixo peso ao nascer e problemas respiratórios.
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Restrição do crescimento intrauterino: A dengue pode afetar o crescimento do bebê no útero, o que pode levar ao baixo peso ao nascer.
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Aborto espontâneo: A dengue pode levar ao aborto espontâneo, especialmente no primeiro trimestre da gestação.
Vale mencionar que nem todas as gestantes infectadas enfrentarão, necessariamente, estas complicações. Cada caso possui suas individualidades, e a evolução também pode variar de acordo com a qualidade da assistência médica prestada.
A prevenção é a principal forma de combater a doença. Gestantes devem redobrar os cuidados e adotar hábitos como:
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Eliminar criadouros: Elimine qualquer recipiente que possa acumular água parada, como baldes, pneus, garrafas e caixas d'água. Mantenha as tampas das caixas d'água bem fechadas e limpe-as regularmente.
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Usar telas e mosquiteiros: Utilize telas em portas e janelas e mosquiteiros nas camas para evitar a entrada do mosquito em casa.
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Tratar a água armazenada: Se precisar armazenar água, adicione cloro ou outro produto químico recomendado pelas autoridades de saúde.
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Usar repelente: Utilize repelentes com DEET, IR3535 ou picaridina, seguindo as instruções do fabricante. Gestantes devem consultar um médico antes de usar repelentes.
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Evitar locais com muitos mosquitos: Evite frequentar locais com muitos mosquitos, como áreas com água parada ou vegetação densa.
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Vestir roupas adequadas: Use roupas compridas e com cores claras durante o dia, quando o mosquito está mais ativo, para evitar picadas.
Por fim, é importante manter as visitas ao médico em dia, juntamente com todos os cuidados do período pré-natal. Ao perceber qualquer sinal ou sintoma, busque orientação de um profissional da saúde imediatamente, pois o diagnóstico precoce aumenta consideravelmente as chances de um tratamento bem-sucedido, seja em casos de dengue ou qualquer outro tipo de doença.
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