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Entenda o que é a hanseníase!
Publicado em 04/10/2024

A hanseníase, também conhecida como lepra, é uma doença infecciosa crônica causada pela bactéria Mycobacterium leprae. Ela afeta principalmente a pele, os nervos periféricos, o trato respiratório superior e os olhos.
A infecção provoca lesões cutâneas e danos nos nervos, o que pode levar à perda de sensibilidade e, em casos mais graves, à deformidade. A transmissão ocorre através do contato prolongado e repetitivo com gotículas respiratórias de uma pessoa infectada.
O Brasil é o segundo país com mais casos de hanseníase no mundo, atrás apenas da Índia. O Mato Grosso é o estado brasileiro com maior taxa de detecção de hanseníase, de acordo com o Ministério da Saúde.
Quais são os principais sintomas da hanseníase?
Os sintomas da hanseníase podem variar de acordo com cada caso. Entretanto, como mencionamos anteriormente, ela costuma afetar a pele, os nervos periféricos, o trato respiratório e os olhos, manifestando sintomas como:
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Manchas claras ou avermelhadas na pele: Costumam ser um dos primeiros sinais da infecção.Variam entre tons de branco, vermelho e castanho.
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Perda de sensibilidade: Nas áreas afetadas pela doença, a pele perde a capacidade de sentir dor, calor ou frio.
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Dormência e formigamento: Ocorre principalmente nas mãos, pés e braços, devido ao comprometimento dos nervos periféricos.
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Espessamento de nervos: Pode causar fraqueza muscular, principalmente nas mãos e pés.
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Feridas ou úlceras: Acomete frequentemente os pés, devido à perda de sensibilidade.
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Diminuição ou ausência de pelos: Especialmente nas áreas afetadas, como sobrancelhas.
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Lesões na mucosa do nariz: Pode causar entupimento e sangramentos nasais.
A hanseníase pode se manifestar de diversas formas, dependendo da resposta do sistema imunológico à infecção. Tradicionalmente, a doença é classificada em dois grandes grupos:
1. Paucibacilar:
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Hanseníase indeterminada: É a forma inicial da doença, caracterizada por manchas claras ou avermelhadas com perda de sensibilidade.
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Hanseníase tuberculoide: Apresenta lesões bem definidas, com bordas elevadas e centro mais claro, além de comprometimento de nervos periféricos.
2. Multibacilar:
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Hanseníase dimorfa: Apresenta características de ambas as formas anteriores, com lesões variadas e comprometimento de nervos.
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Hanseníase virchowiana (lepromatosa): Forma mais grave, com muitas lesões de pele, infiltração dos nervos e comprometimento de outros órgãos.
Essa classificação leva em consideração fatores como número de lesões, comprometimento de nervos e quantidade de bacilos (nome dado a bactérias em formato de bastão, como as causadoras da hanseníase).
Quais são as principais formas de prevenir, diagnosticar e tratar a hanseníase?
A principal forma de prevenir a hanseníase é identificar e tratar precocemente os casos, interrompendo a transmissão da bactéria. Pessoas que convivem com pacientes devem ser acompanhadas, já que a transmissão ocorre por contato prolongado. Entretanto, também é importante mencionar que o contágio é raro e depende de um contato prolongado e repetitivo com uma pessoa doente e sem tratamento.
O acesso à água potável, saneamento básico e uma alimentação adequada contribuem para fortalecer o sistema imunológico e reduzir o risco de desenvolver a doença. A promoção de hábitos de higiene, como lavar as mãos com frequência e evitar o contato direto com lesões de pessoas doentes, são medidas simples, mas eficazes.
Vale destacar que estudos demonstram que, embora não seja específica para hanseníase, a vacina BCG (usada contra a tuberculose) também pode oferecer alguma proteção contra a doença.
O diagnóstico parte de um exame clínico, normalmente realizado por um dermatologista, que avalia as manchas na pele com perda de sensibilidade e outros sinais neurológicos.
Uma biópsia da pele e alguns exames laboratoriais complementares podem auxiliar na identificação, tais como:
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Exames moleculares;
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Sorologia.
Felizmente, a hanseníase tem cura. O tratamento é feito por meio da poliquimioterapia, que consiste na combinação de dois ou três medicamentos específicos para eliminar a bactéria causadora da doença. Em casos de deformidade, a fisioterapia pode ser necessária. Quadros mais graves podem exigir intervenção cirúrgica.
A duração do tratamento varia de acordo com o tipo de infecção e individualidades do caso. É fundamental seguir o tratamento corretamente, mesmo após o desaparecimento dos sintomas, para evitar recaídas.
O diagnóstico precoce é o principal aliado de um tratamento bem-sucedido. Se você perceber algum sintoma da hanseníase, procure um médico. Não se automedique e não hesite em procurar ajuda.
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