Lipedema: conheça os sintomas e tratamento desta doença crônica.

Lipedema é uma condição crônica e progressiva caracterizada pelo acúmulo anormal de gordura em determinadas partes do corpo, principalmente nas pernas e, em alguns casos, nos braços.

Esse acúmulo de gordura é desproporcional em relação ao restante do corpo e está associado a dor, sensibilidade e inchaço. Essa condição afeta predominantemente mulheres e pode causar dor, desconforto e ter um impacto significativo na qualidade de vida.

Quais são os principais sintomas e características do lipedema?

As causas exatas do lipedema ainda não são totalmente compreendidas, mas acredita-se que fatores genéticos e hormonais estejam envolvidos, uma vez que a condição afeta quase exclusivamente mulheres e tende a surgir ou piorar durante períodos de mudança hormonal, como puberdade, gravidez e menopausa. O histórico familiar também é um fator de risco.

Entre seus principais sintomas e características, destacam-se:

• Acúmulo desproporcional de gordura: ocorre principalmente nas coxas, quadris, nádegas e pernas, com menos frequência nos braços.

• Simetria: o acúmulo de gordura é geralmente simétrico, afetando ambos os lados do corpo.

• Sensibilidade e dor: as áreas afetadas tendem a ser dolorosas ao toque e podem causar desconforto contínuo.

• Propensão ao inchaço: o inchaço nas pernas é comum, especialmente ao final do dia.

• Resistência à perda de peso: a gordura relacionada ao lipedema geralmente não diminui com dietas ou exercícios, o que pode dificultar o diagnóstico e causar frustração ou até desencadear problemas psicológicos.

Vale mencionar que o lipedema é considerado uma condição progressiva, ou seja, pode piorar com o tempo, tornando-se mais evidente com o avanço das fases.

Como se dá o diagnóstico e tratamento do lipedema?

O diagnóstico do lipedema é clínico, ou seja, baseado em observação e avaliação médica. Atualmente, não existem exames laboratoriais específicos para confirmar o lipedema, o que pode tornar o diagnóstico um desafio, já que é comum ser confundido com obesidade ou linfedema.

Entretanto, apesar de apresentarem características similares, as três condições são completamente diferentes. Enquanto o lipedema está atrelado ao acúmulo de gordura em determinadas regiões, a obesidade é resultado do excesso de gordura em todo o corpo, e o linfedema é causado pelo acúmulo de líquido linfático nos tecidos, geralmente devido a um mau funcionamento do sistema linfático.

Exames de imagem, como ultrassom e ressonância magnética, podem auxiliar a identificar o lipedema de forma mais precisa. Já exames laboratoriais, como os de sangue e os hormonais, podem ajudar a descartar outras possíveis causas para os sintomas percebidos.

O diagnóstico definitivo é feito com base na combinação dos resultados dos exames, do histórico médico do paciente e da avaliação clínica. A escolha dos exames a serem realizados dependerá de cada caso individual e será determinada pelo médico especialista.

O lipedema não tem cura, mas o tratamento visa controlar os sintomas, reduzir a progressão da doença e melhorar a qualidade de vida. O processo pode incluir uma combinação de abordagens conservadoras e, em alguns casos, intervenções cirúrgicas.

Algumas das medidas que podem ser recomendadas são:

• Terapia de compressão;

• Drenagem linfática manual;

• Prática regular de atividade física;

• Cuidados específicos com a pele;

• Terapia nutricional.

Em casos mais avançados da doença, é possível que intervenções como lipoaspiração ou cirurgia bariátrica também sejam necessárias.

É importante reforçar que o lipedema é uma condição progressiva, por isso o diagnóstico precoce é fundamental. Se não tratado, o acúmulo de gordura pode piorar, levando a complicações como dificuldades de mobilidade e o desenvolvimento de linfedema secundário (inchaço linfático nas pernas ou braços).

Ao perceber qualquer sinal ou sintoma, busque orientação médica o mais rápido possível.

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